Solomon Asch (1907-1996) foi um psicólogo polonês, nascido em Varsóvia, que emigrou para os EUA na década de 1920. Formou-se na Faculdade da Cidade de Nova York e obteve seus títulos de mestre e doutor na Universidade de Columbia na década de 1930. Entre seus relevantes trabalhos, estavam uma série de experimentos sobre a pressão social, capaz de fazer com que um indivíduo aceitasse algo evidentemente errado como certo.
Um dos experimentos consistia em perguntar a um grupo de alunos, qual de três linhas era do mesmo tamanho de uma quarta. Todos os alunos, exceto um, eram instruídos a darem uma resposta falsa. O estudo verificou que em mais de 30% dos casos, a resposta do que não fora instruído seguia a opinião da maioria. Aumentando-se o número de alunos, desde que mantida a fração de respostas erradas, este percentual não se alterava, porém diminuía rapidamente com a redução da fração de respostas falsas.
Os resultados foram valiosos para embasar as críticas que Asch fazia aos seus colegas comportamentalistas que separavam os fatores psicológicos de seus contextos. Muitas foram as implicações dos trabalhos também na área de sociologia, explicando alguns comportamentos sociais verificados. Em linguagem leiga e, mais uma vez, lançando mão da sabedoria popular, pode-se dizer que o trabalho respaldou, cientificamente, o perfil "maria-vai-com-as-outras".
Mas, por favor, não entenda o termo pejorativamente, afinal, somos animais sociais e não parece, mesmo, fazer sentido que tal comportamento não se manifeste entre nós. O fato, inclusive, chama-nos à responsabilidade pelo que tornamos público e ressalta a importância do engajamento social em torno de ideias que realmente valham a pena. Isto porque, pelo menos em teoria, após algo ser aceito por uma massa crítica de pessoas, tende a ser seguido pelo resto do grupo.
O importante é estar sempre do lado de quem pensa, tendo a humildade necessária para seguir o rebanho quando as marias estiverem indo para o lugar certo.
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