
Stiglitz é estadunidense, fez parte do governo Clinton na década de 1990, chegou à cadeira de Economista Chefe do Banco Mundial e dividiu o Nobel de Economia com Michael Spence e George Arthur Akerlof em 2001. Sen é indiano, foi professor na Delhi School of Economics, London School of Economics, Oxford e Harvard, chegando a se tornar reitor de Cambridge. Em 1998, ganhou o Nobel de Economia pelas suas contribuições ligadas ao bem-estar social e, também, foi um dos fundadores do Instituto Mundial de Pesquisa em Economia do Desenvolvimento da ONU. E se seus currículos não são desprezíveis, tampouco o são suas palavras.
Já há tempos o modelo de desenvolvimento econômico que o mundo persegue não é sustentável, mas buscar novas alternativas vem se mostrando quase um tabu. Há ainda muito preconceito, parte originado durante a "Guerra Fria" e parte pela curteza intelectual de gente gananciosa, que impede uma ampla discussão sobre como o desenvolvimento pode ser bom tanto para o indivíduo quanto para toda a coletividade. A sustentabilidade é uma parte indispensável de qualquer plano de desenvolvimento de longo prazo, seja econômico, financeiro, ambiental, social, etc., porque traz em em seu âmago a responsabilidade para consigo mesmo e para com os demais. Fugir dela transforma ações ousadas em aventureiras, algo extremamente perigoso em qualquer área.
A história tem mostrado que privilegiar, exclusivamente, um ou outro sistema parece não funcionar muito bem. Quem sabe a valiosa contribuição de Stiglitz e Sen não seja uma semente fértil que, se adequadamente plantada e cuidada, possa trazer frutos mais doces e por mais tempo para toda a humanidade?
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