Imagine a cena: você chega tarde ao cinema e descobre que não há mais sessões previstas. Como sua vontade de assistir algum filme é do tamanho da tela, confere as exibições em andamento e percebe que uma delas começara há apenas dez minutos. Mais do que rapidamente, checa as informações sobre o filme e lê no cartaz os nomes como o de Benicio Del Toro, Anthony Hopkins, Hugo Weaving e Emily Blunt em um clássico do terror, produzido pela monstruosa Universal Studios. Provavelmente, você pensa, deve valer a pena correr e pegar um lugar.
Cinematográfico engano! O Lobisomem (The Wolfman), recém estreado no Brasil, dilacera, com a violência própria do monstro homem-lobo, as credenciais que seu elenco e produção lhe proporcionam. O filme dirigido por Joe Johnston é uma refilmagem da história publicada no final da década de 1880. Exceção feita à vila inglesa onde se passa a história e o destino do irmão do protagonista, o roteiro segue a mesma linha da história original.
Lawrence Talbot (Benicio Del Toro) retorna da América pela ocasião da morte de seu irmão Ben Talbot (Simon Merrels) na sua cidade natal, Blackmore, na Inglaterra vitoriana. Lá encontra seu pai, Sir John Talbot (Anthony Hopkins), a noiva de seu irmão, Gwen Conliffe (Emily Blunt), e todos os fantasmas de seu passado, tais como a morte de sua mãe, a estranheza de seu pai e o período que ficara internado no manicômio.
Ao perseguir o monstro suspeito de matar seu irmão, é atacado por ele e passa, também, a carregar consigo a maldição da licantropia. Um inspetor da Scotland Yard, Aberline (Hugo Weaving), é designado para investigar o caso, mas se depara com uma série de acontecimentos inexplicáveis racionalmente. No desenrolar do enredo, também, há várias cenas que se passam na antiga cidade Londres.
Com um texto cheio de "clichês" e personagens estereotipados, o filme só se sustenta pela atuação de seu elenco e pelo "clássico" da história que lhe deu origem. Parcos efeitos especiais, poucos belos cenários e fatos desconexos complementam o horror do filme.
E para ninguém dizer que a crítica é de todo horripilante, parece que o uivo do lobisomem foi produzido com base na voz de um barítono e ficou legal. Talvez você queira conferir...
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