Uma águia que arranca seu próprio bico, unhas e penas para se renovar e viver mais algumas décadas, um misterioso fóssil de sereia, naves espaciais flagradas acidentalmente por um turista em alguma praia do Caribe, sequestros cinematográficos, assaltos impensáveis, tráfico de órgãos, correntes, promessas... São tantas as histórias disponíveis, todos os dias, trazidas pelo correio eletrônico que a gente chega a se espantar com a extensão da criatividade humana.
Não é de se admirar que tanta gente, vez por outra, tenha seu computador infectado por algum virus após clicar em um vínculo ("link", se preferir) de alguma mensagem de "spam" (lixo comercial eletrônico). Basta utilizar algum componente para aguçar a curiosidade do, ou da, internauta e pronto! Lá está instalado outro "trojan" ou "cavalo-de-tróia" furtando informações pessoais. Confesse... Você também já deve ter ficado tentado a baixar ou abrir anexos nas primeiras vezes que recebeu mensagens do tipo: "Você está sendo traído(a)! Veja as provas...", "Aí estão nossas fotos picantes!" ou "Prezado contribuinte, sua declaração foi retida na malha fina da Receita Federal. Acesse o extrato através do link!"...
Se você é veterano na internet, já deve saber que mensagens sem o seu nome (usuário ou alguma referência pessoal) nem precisam ser lidas, devendo ser encaminhadas à lixeira, não importando se estão assinadas pelo presidente da república ou pelo papa. E mesmo quando apresentam alguma referência pessoal, devem SEMPRE ter a autenticidade verificada e NUNCA, em hipótese alguma, executar um anexo, nem se a mensagem vier de alguém próximo — pode ser que o micro do remetente esteja contaminado sem que ninguém saiba. Deve saber também que um antivirus atualizado, eventualmente também um "firewall" e perfil sem privilégios de administrador são indispensáveis para complementar a segurança de qualquer computador ligado à rede.
Já as "lendas da internet", estas precisam de muito bom senso e talento investigativo. Não dá para descartar qualquer informação aparentemente absurda — porque, acredite, existem fatos "absurdos" por aí — nem crer em qualquer coisa que aparece. Em novembro, o texto "O Plágio e a Inocência." já alertava os leitores do Automorfo sobre a necessidade de referências e, principalmente, um mínimo de critérios para se creditar alguma confiança nas informações a que temos acesso diariamente.

Por outro lado, a tiração de sarro deve diminuir...
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