
Não há como negar que a medida é um tanto ousada — e estranha — para um país que está entre os dez maiores produtores de petróleo do planeta. Independentemente disso, a notícia vem em muito boa hora. Vinte milhões de sacolas plásticas a menos, por dia, no meio ambiente pode parecer pouco em um contexto global, mas, sem dúvida, fará grande diferença no longo prazo. No início de 2008, a China também lançou mão de uma proibição similar. Lá, entretanto, o volume de sacolas plásticas descartáveis chegava a astronômica cifra de três bilhões de unidades diárias — uma verdadeira ameaça ambiental e um absurdo desperdício de recursos escassos.
O que se pode lamentar, entretanto, é que ainda haja a necessidade de governos criarem esse tipo de lei. Qualquer cidadão ou cidadã, consciente da importância ecológica para o planeta, é absolutamente livre para se negar a receber uma sacola plástica descartável que lhe ofereçam sem real precisão — não deveria haver necessidade de se criar uma legislação específica para algo, assim, tão banal. Mas, confronte essa ideia com a de alguns comerciantes da mesma Cidade do México que vêm declarando a disposição de, deliberadamente, desrespeitar a nova lei.
Quem sabe algum dia, também, outras idiossincrasias, como recolher a sujeira dos próprios cães levados a passear nas ruas da cidade, possam ser naturalmente estabelecidas, não havendo a necessidade de se criar leis para punir proprietários mal-educados...
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