Ao menos para a maioria dos cristãos, é natal e este autor tem de confessar que ainda acredita em Papai Noel — ou Pai Natal como dizem nossos irmãos portugueses. Claro que seria trapaça tentar justificar a afirmação dizendo que ele existe no imaginário popular e blá, blá, blá... Não é isso. É só que, talvez, o bom velhinho não se pareça, exatamente, com aquele estampado em toda parte nesta época do ano...
Há quem acredite em Deus, Zeus, Rá, Alá, Ossaim, Odin ou em nada, mas todos creem. E a crença é o que o ser humano tem de mais precioso porque está na base de tudo o que pensa. É como o substrato sobre o qual se ergue a construção de toda uma vida. Pode-se construir sobre a rocha, sobre a terra, sobre a areia, sobre a água, sobre uma árvore... Mas o fato é que sempre haverá a necessidade de algo para basear sua construção.
Os arquétipos são tantos quanto possibilita a criatividade humana, mas nenhum é mais, ou menos, válido do que outro. Assim, não creio que o Papai Noel seja algo obeso ou tenha barbas brancas e roupas vermelhas. Nem acredito que carregue um enorme saco vermelho abarrotado de presentes ou possua um trenó voador puxado por renas. Também não deve manter uma fábrica de brinquedos no Polo Norte, empregando um sem número de duendes. A típica descrição com características humanas serve apenas para que as crianças possam visualizá-lo mais facilmente.
O Papai Noel, de fato, não pode ser descrito por sua aparência física, tanto quanto não se pode descrever a forma do vento. Tal como o ar, o amor, a amizade, a bondade, a felicidade e outras tantas coisas invisíveis, o verdadeiro Papai Noel se mostra pelo que exerce em nossas vidas.

Portanto, crianças, Papai Noel, ou Pai Natal, existe sim! Talvez não exatamente como lhes foi descrito, mas sua presença é incontestável. Afinal, se você realmente foi um bom menino ou uma boa menina, Papai Noel certamente deve ter-lhe trazido, como presentes, vários de seus entes queridos para o redor da árvore...
Feliz Natal!
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