terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Dia Mundial de Luta Contra a AIDS


Em outubro de 1987, durante a Assembleia Mundial de Saúde e com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), foi instituído, em 1º de dezembro, o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. A data foi criada com o objetivo de relembrar o combate à doença e despertar nas pessoas a consciência para, não só se previnirem, mas também, compreenderem melhor a síndrome, diminuindo o preconceito e a exclusão dos soropositivos.

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, AIDS (acrônimo do inglês "Acquired Immune Deficiency Syndrome"), é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, HIV (sigla do inglês "Human Immunedeficiency Virus"), que se utiliza dos linfócitos — principais células responsáveis pela defesa do organismo — para se multiplicarem, destruindo-os. Sem os linfócitos, o organismo fica inapto para se defender de uma eventual invasão de bactérias, protozoários, vírus, etc., transformando qualquer enfermidade em uma doença potencialmente letal.

Nos primeiros anos após a descoberta da AIDS, o simples diagnóstico da doença era, praticamente, uma sentença de morte. Atualmente, apesar da doença ainda permanecer sem cura definitiva (leia algo sobre recentes estudos para a criação de uma vacina em: Patenteando a Ética), tratamentos adequados permitem aos infectados pelo HIV levar uma vida quase normal. Estas pessoas, entretanto, frequentemente sofrem com o preconceito de alguns que, por absoluto desconhecimento, receiam serem contaminados através de meros contatos sociais.

Pois é justamente sobre o preconceito que o tema do Dia Mundial de Luta Contra a AIDS versa, este ano, no Brasil. A doença é transmissível APENAS se houver compartilhamento de sangue ou fluidos sexuais com alguém infectado. Ou seja, a contaminação só ocorre pela transfusão de sangue contaminado, no compartilhamento, com um soropositivo, de agulhas, seringas e/ou objetos perfurocortantes, ou durante as relações sexuais (oral, anal ou vaginal) mantidas SEM preservativo com um portador, ou portadora, do HIV. Além disso, a mãe soropositiva pode contaminar a criança durante a gestação, parto ou amamentação. No entanto, há tratamentos que, realizados no tempo adequado, diminuem muito esta possibilidade de contágio.

O HIV NÃO é passado pelo ar, abraço, aperto de mãos, beijo (no rosto ou na boca), sexo com uso adequado do preservativo, masturbação a dois, contato com suor ou lágrima, picada de inseto, compartilhamento de talheres, copos, assentos do transporte público, piscinas, banheiros, sabonetes, toalhas, lençóis ou durante a doação de sangue. Portanto, qualquer preconceito envolvendo o portador do vírus da AIDS é, absolutamente, injustificável. Aliás, todo tipo de preconceito é, a priori, condenável.

Portanto, como diz o slogan da campanha, “Viver com AIDS é possível. Com o preconceito não”.

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