Hoje se comemora a Revolução Constitucionalista de 1932, movimento armado ocorrido no estado de São Paulo, que tinha por objetivo derrubar o Governo Provisório (a ditadura) do gaúcho Getúlio Vargas e promulgar uma nova constituição para o Brasil. Orgulho do povo paulista, o Nove de Julho é a data cívica mais importante de sua história, sendo feriado estadual. O episódio marca o início do violento conflito entre as forças paulistas e as tropas federais, durante o conturbado período entre o final da República Velha (1889-1930) e o início da República nova no país. Por detrás dos nobres ideais ostentados pelos revolucionários, entretanto, esconde-se, uma desigual luta de classes — ou, entre o capital e o trabalho, como preferem alguns — que, obviamente, passa à margem dos fatos históricos destacados na historiografia oficial.
Tudo começa um pouco antes da Revolução de 1930, no final dos anos 1920. São Paulo já era um dos estados economicamente mais poderosos da federação e, além da oligarquia agrária — dona do poder político —, ostentava também uma florescente elite urbana e industrial que já não mais aceitava se submeter, passivamente, ao poder político dos coronéis do café. Paralelamente, no cenário nacional, crescia, nas principais cidades brasileiras, a mobilização do operariado na busca por condições mais dignas de trabalho, ao mesmo tempo que, no mundo, os movimentos comunistas e socialistas iam ganhando força, incentivados principalmente pelo sucesso obtido na Revolução Russa de 1917.

Mas esses seriam apenas os primeiros movimentos no xadrez político que se iniciara...
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