
A morte de cinco jovens, no centro de São Paulo, assassinados por partidários da ditadura, no dia 23 de maio de 1932, foi o estopim da revolta paulista. Seguiu-se a criação do MMDC, ou MMDCA (Martins, Miragaia, Dráusio, Camargo e Alvarenga, iniciais dos nomes dos jovens mortos), ao redor do qual se uniriam praticamente todos os setores da sociedade paulista. A intensa propaganda dos revolucionários recorre, novamente, ao povo em busca de suporte (humano e financeiro) para o movimento armado que se tramava contra o governo federal. Assim, unidos todos — inclusive a maçonaria paulista — em torno de um mesmo ideal constitucionalista, a revolução eclode, em 9 de julho de 1932, alçando Pedro Manuel de Toledo, o então interventor federal, como governador do estado de São Paulo.
A estratégia paulista, que até então contava com o apoio de outros três estados — Minas Gerais, Rio Grande do Sul e o sul de Mato Grosso —, enfraquece-se com o recuo de todos, à exceção dos sul-mato-grossenses, deixando as tropas revolucionarias sós para enfrentar as fileiras federais. O interventor gaúcho, que contava com o exército mais bem armado da federação, não apenas deixou de enviar as tropas para apoiar os revolucionários, como também se uniu às forças federais para sufocar a revolução. Cerca de 200.000 voluntários chegaram a se alistar na Junta Revolucionária, sendo que por volta de 60.000 combateram nas fileiras do exército constitucionalista. Mesmo com um grande número de combatentes, sem o apoio esperado, os flancos desguarnecidos foram ocupados pelos homens de Getúlio, cercando, econômica e militarmente, os revolucionários paulistas.
O fim era só uma questão de tempo...
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