Quem não se lembra do quadro "Saraiva", interpretado pelo saudoso Francisco Milani no programa Zorra Total da Rede Globo? Bom, se não se lembra, não poderia lhe culpar, já que o quadro era um dos poucos realmente engraçados em todo o programa...
O "Saraiva" — e o Milani encarnava perfeitamente a personagem — era um cara absolutamente "estressado" com perguntas óbvias ou imbecis, muito comuns em nosso cotidiano, mas que acabamos não dando atenção e respondendo quase que automaticamente. Lembro-me de uma das passagens, quando Saraiva e sua inseparável "Carolininha" — que sempre tentava mantê-lo calmo — vão a uma banca na feira livre:
— Por favor, o senhor pode me ver uma dúzia de bananas?
— O senhor vai levar?
— Não... Não! É pra agora mesmo! Vou comer uma dúzia de bananas bem aqui na sua frente e cair duro de congestão!
O texto era mais ou menos assim, mas já dá para se ter uma ideia do humor da personagem. Mas por que me lembrei disso? Porque a grande maioria dos atendimentos de "telemarketing" desafiam a paciência de qualquer cristão que tente resolver um problema, por mais simples que seja. Não importa a empresa ou o setor, estatal ou privado, nem o meio de contato — telefônico, eletrônico ou presencial — você não vai conseguir fazer com que seu problema seja entendido de pronto. E, se por um acaso conseguir, não o terá resolvido facilmente.
Qual seria a necessidade de se existir alguém para dizer, simplesmente, que "o sistema funciona dessa forma"? Ou, para que serve uma ouvidoria que nada pode fazer além de "alimentar relatórios para as instâncias superiores"?
Noutro dia, já sem paciência com o atendimento de uma das "teles", recorri à agência reguladora, já que, de fato, um dos problemas, além da já costumeira má vontade da empresa, era na regulação do setor. Quem disse que alguém entendeu o problema? Já sem paciência de novo, dessa vez com a agência, formulei um questionário com três perguntas do tipo "sim-ou-não" e solicitei à ouvidoria que, simplesmente, respondesse-me por escrito. Há mais de um ano estou aguardando a resposta...
Em tempos de redução de custos, por que não acabar com todo esse aparato já que para nada serve? Aí, quem sabe algum "Saraiva" de alguma diretoria perca a paciência de vez e queria solucionar o problema de fato?
O "Saraiva" — e o Milani encarnava perfeitamente a personagem — era um cara absolutamente "estressado" com perguntas óbvias ou imbecis, muito comuns em nosso cotidiano, mas que acabamos não dando atenção e respondendo quase que automaticamente. Lembro-me de uma das passagens, quando Saraiva e sua inseparável "Carolininha" — que sempre tentava mantê-lo calmo — vão a uma banca na feira livre:
— Por favor, o senhor pode me ver uma dúzia de bananas?
— O senhor vai levar?
— Não... Não! É pra agora mesmo! Vou comer uma dúzia de bananas bem aqui na sua frente e cair duro de congestão!
O texto era mais ou menos assim, mas já dá para se ter uma ideia do humor da personagem. Mas por que me lembrei disso? Porque a grande maioria dos atendimentos de "telemarketing" desafiam a paciência de qualquer cristão que tente resolver um problema, por mais simples que seja. Não importa a empresa ou o setor, estatal ou privado, nem o meio de contato — telefônico, eletrônico ou presencial — você não vai conseguir fazer com que seu problema seja entendido de pronto. E, se por um acaso conseguir, não o terá resolvido facilmente.
Qual seria a necessidade de se existir alguém para dizer, simplesmente, que "o sistema funciona dessa forma"? Ou, para que serve uma ouvidoria que nada pode fazer além de "alimentar relatórios para as instâncias superiores"?
Noutro dia, já sem paciência com o atendimento de uma das "teles", recorri à agência reguladora, já que, de fato, um dos problemas, além da já costumeira má vontade da empresa, era na regulação do setor. Quem disse que alguém entendeu o problema? Já sem paciência de novo, dessa vez com a agência, formulei um questionário com três perguntas do tipo "sim-ou-não" e solicitei à ouvidoria que, simplesmente, respondesse-me por escrito. Há mais de um ano estou aguardando a resposta...
Em tempos de redução de custos, por que não acabar com todo esse aparato já que para nada serve? Aí, quem sabe algum "Saraiva" de alguma diretoria perca a paciência de vez e queria solucionar o problema de fato?
Nenhum comentário:
Postar um comentário