
No primeiro, um policial investiga uma arma capaz de matar pessoas conectadas à realidade virtual — ao estilo "Second Life", mas utilizando androides controlados remotamente — que a sociedade adotara como uma forma segura para interagir. O destaque vai para os efeitos especiais e a visão, um tanto heterodoxa, de futuro.
Já no segundo, uma nave espacial aporta misteriosamente sobre a cidade de Joanesburgo e, após intervenção humana, os extra-terrestres são trazidos à terra firme e acabam segregados, junto com outros seres humanos, em uma espécie de gueto chamado de Distrito 9. Os conflitos começam quando decidem mudá-los de lugar... O filme vale mais pela crítica social e humana em torno do problema fictício.
Mas o filme que roubou a cena mesmo foi o de hoje, Ensaio Sobre a Cegueira, baseado no romance de José Saramago e dirigido por Fernando Meirelles. O filme é, segundo o próprio autor, representação fiel da obra literária. Além disso, traz excelentes tomadas de câmera, fantásticas composições de imagem, ótimos cenários, trilha musical originalíssima do grupo mineiro Uakti e a atuação marcante de nomes como Julianne Moore e Danny Glover.
A história se passa na atualidade, quando um surto de cegueira toma conta de toda a humanidade, com exceção da protagonista. Logo, os primeiros a apresentarem os sintomas, além da protagonista por opção própria, são encaminhados a uma espécie de sanatório e mantidos em quarentena. Não demora a chegada de outros e mais outros, até o limite da capacidade do local, quando conflitos entre os internos começam a acontecer.
Dentre os vários pontos de vista para se compreender a história, o de que já estamos todos cegos é o mais surpreendente. Vale muito a pena assistir e conferir por que!
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