
Se você não tem o costume de pelo menos separar os recicláveis do lixo orgânico, talvez uma experiência lhe dê uma boa ideia do que andamos fazendo com a natureza. Proponho um desafio: durante uma semana, separe o lixo de sua residência em recicláveis (plástico, papel, vidro e metal) dos não-recicláveis (lixos da cozinha e do banheiro). Ao final do período, avalie os dois volumes e perceba o quanto de "lixo" está indo para o aterro sanitário (os dois volumes) em comparação com o quanto deveria ir (apenas os não-recicáveis). Você vai se surpreender...
Agora, mesmo se não gostar de matemática, olhe para os dois volumes e multiplique por vinte milhões, que é a quantidade de pessoas na Grande São Paulo, gerando, mais ou menos, a mesma quantidade de detritos que você — só um detalhe para lhe ajudar nas contas: são necessários cerca de três dias, ininterruptos, para contar de um até um milhão. Parece fácil concluir, então, que no ritmo atual não haverá mais espaço para aterros sanitários daqui uns poucos anos. Mesmo porque nosso velho lixo, enterrado há algumas décadas, ainda não deve estar totalmente degradado pela natureza nos aterros mais antigos.
E mesmo que você não esteja nem aí com o meio-ambiente, pelo menos faça um pequeno favor aos seus descendentes e semelhantes que, aqui, permanecerão depois que você se for: colabore para manter o planeta sustentável. Cobre do seu governo local, reduza seu próprio consumo de supérfluos, destine os recicláveis que gera a alguma cooperativa ou ONG, evite pegar sacolinhas plásticas sem real necessidade — leve sacolas de casa! —, enfim, faça alguma para ajudar. Qualquer coisa, por mais insignificante que possa parecer, ajudará — se não na quantidade, pelo menos no exemplo.
Além do planeta, os descendentes, seus e de seus amigos, que aqui estarão no futuro, desde já, agradecem!
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